O advogado Jackson Chediak virou referência em Rondônia quando o assunto é defesa criminal e causas de grande repercussão. Sua marca registrada é o equilíbrio entre estudo aprofundado e estratégia prática, o que lhe garantiu vitórias que chamaram a atenção da sociedade, da política e até do mundo digital.

As vitórias judiciais que livraram Confúcio Moura: a atuação de destaque
Chediak consolidou sua posição como um dos principais nomes da advocacia criminal em Rondônia ao conduzir a defesa do ex-governador e atual senador Confúcio Moura (MDB) em uma série de processos que marcaram a cena política e jurídica do estado.
Nos últimos anos, Chediak obteve resultados expressivos em nove ações penais que tinham como alvo o ex-governador. Em quatro delas, conseguiu o reconhecimento da prescrição, extinguindo a punibilidade após demonstrar que os prazos legais haviam se esgotado. Nos outros cinco processos, alcançou a remessa ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a expectativa é de que também sejam reconhecidas prescrições.
A absolvição em contratos sem licitação
O episódio mais recente dessa trajetória foi a decisão da 2ª Vara Criminal de Porto Velho, no processo nº 0014404-92.2018.8.22.0501, que absolveu Confúcio Moura e outros três réus de acusações de corrupção e fraude em contratos firmados em 2011. A sentença, proferida em 5 de maio de 2025 pelo juiz Edvino Preczevski, concluiu que não havia provas suficientes para sustentar as denúncias.
Segundo o Ministério Público, Confúcio teria beneficiado a empresa Multimargem Sistema Inovado de Margem Consignável Ltda., responsável pelo gerenciamento da margem consignada da folha dos servidores estaduais, mediante decreto editado sem licitação. O órgão acusador sustentava que parte dos lucros teria sido repassada a agentes políticos.
Durante a instrução, 14 testemunhas foram ouvidas, mas nenhuma confirmou repasses ilícitos ao então governador. A defesa, conduzida por Jackson Chediak, demonstrou a fragilidade da prova produzida, que se sustentava basicamente em delações não corroboradas. O magistrado, ao aplicar o artigo 386, VII, do Código de Processo Penal, reconheceu a insuficiência de provas e absolveu todos os acusados.
O domínio das regras processuais
O êxito da defesa não se limitou à absolvição. Antes dela, Chediak já havia assegurado o reconhecimento da prescrição do crime de dispensa ilegal de licitação e, em outros processos, demonstrado profundo conhecimento das regras processuais, obtendo decisões que garantiram tanto a extinção da punibilidade quanto o deslocamento de competência.
Com isso, quatro ações foram encerradas definitivamente, e outras cinco seguiram ao STJ, onde, segundo especialistas, dificilmente terão desfecho diferente do já consolidado: o reconhecimento da prescrição.
Reconhecimento profissional
Essas vitórias projetaram Jackson Chediak como advogado de confiança de grandes figuras públicas e reafirmaram sua habilidade em manejar o processo penal em favor de seus clientes. Sua atuação, pautada na técnica e na estratégia, garantiu não apenas o direito de defesa, mas também a reafirmação de um princípio fundamental do Estado de Direito: ninguém pode ser condenado sem provas suficientes e dentro de prazos prescricionais já superados.
Assim, o caso Confúcio Moura se tornou um marco na carreira de Chediak, consolidando sua imagem como advogado combativo, técnico e respeitado nos tribunais de Rondônia e do país.
Caso Naiara Karine: absolvição no tribunal do júri
O assassinato da estudante de publicidade Naiara Karine, morta com 22 facadas, chocou o estado de Rondônia. Jackson Chediak defendeu Wagner Strogulski, um dos acusados.

Depois de três anos de atuação firme, o advogado obteve a absolvição unânime pelo júri, comprovando sua inocência. Antes do júri propriamente dito, o Dr. Chediak foi o único advogado que conseguiu revogar a prisão preventiva do cliente. Nesse caso específico havia grandes nomes da advocacia patrocinando os demais corréus, como o veterano Marcos Vilela, mas somente Chediak, com estratégia diferenciada logrou êxito na revogação da prisão de seu constituído. Além da defesa bem-sucedida, Chediak apontou caminhos para investigar o mandante do crime, reforçando seu compromisso com a verdade real.
Quebra da imunidade parlamentar de Hermínio Coelho
Chediak também esteve em um caso de impacto político. Ele representou Confúcio Moura em uma queixa-crime contra o deputado estadual Hermínio Coelho, que havia ofendido o então governador.

Com uma tese bem articulada pelo causídico, a justiça de Rondônia afastou a imunidade parlamentar e aceitou a acusação por injúria. Foi um precedente importante: a imunidade não pode ser usada como escudo para ofensas pessoais.
O “garoto bomba” do aeroporto
Em 2025, o Brasil acompanhou a prisão do influenciador Enzo Master, que deixou uma bomba falsa no Aeroporto Internacional de Porto Velho. O caso levou ao isolamento do terminal e repercutiu em todo o país.

Na defesa, Jackson Chediak sustentou que não houve terrorismo, mas uma pegadinha irresponsável. Provou que o próprio influenciador acionou a polícia em seguida, configurando arrependimento eficaz. O resultado: a prisão preventiva caiu, e Enzo passou a responder em liberdade. Uma atuação firme que evitou punição desproporcional em um caso de enorme visibilidade.
A força dos estudos
O diferencial de Jackson Chediak está em sua sólida formação acadêmica. Ele é autor de dois livros de referência no Direito: Prisão Preventiva: Reflexões a partir de seus Limites Jurídicos e de Alguns Casos Concretos (UFF, 2017); e a Retórica como Instrumento Legitimador da Prisão Cautelar Preventiva (PUC-SP, 2022).

Em suas obras, analisa os abusos da prisão preventiva e mostra como a retórica influencia as decisões judiciais. São estudos que reforçam sua prática profissional, transformando teoria em vitórias concretas.
Assim da política à esfera criminal, do júri popular às redes sociais, Jackson Chediak construiu uma trajetória marcada por vitórias técnicas e ousadas. Seja na prescrição que beneficiou Confúcio Moura, na absolvição no caso Naiara Karine, na quebra da imunidade de Hermínio Coelho ou na defesa do “garoto bomba”, o advogado mostrou que estudo e estratégia podem mudar destinos. Hoje, é visto não apenas como criminalista, mas como um intelectual do Direito, que transforma conhecimento em liberdade e justiça.