Corrida espacial à Lua: China supera os EUA e avança em sua jornada lunar

Por rondonia conectada

11/11/2024

5:47 pm

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Seis décadas depois do marco histórico de 1969, quando os Estados Unidos chegaram à Lua pela primeira vez, a corrida espacial ao satélite natural voltou com novos protagonistas. Agora, a China, que já demonstrou avanços notáveis, se destaca como a principal rival dos americanos nesta disputa. Enquanto os Estados Unidos têm um legado com 12 astronautas que caminharam na Lua entre 1969 e 1972, a China tem alcançado marcos impressionantes, como a coleta de rochas lunares em 2020, por meio da sonda Chang’e 5.

Embora a supremacia americana no espaço parecesse incontestável, o cenário atual mostra que a China está bem posicionada para competir com os EUA. Isso se deve, na maioria, aos atrasos enfrentados pela NASA em seu programa Artemis. O programa, que visa retornar à Lua, está sendo impactado por problemas no desenvolvimento de trajes espaciais e no veículo de pouso lunar, deixando a data de retorno ao satélite cada vez mais distante. O cronograma do Artemis prevê três missões: Artemis I, já concluída em 2022 e não tripulada; Artemis II, com quatro astronautas em órbita lunar, agendada para 2025; e Artemis III, a missão mais aguardada, que levará um homem e, pela primeira vez, uma mulher à Lua, com uma marca histórica: o primeiro astronauta negro a pisar no solo lunar. A previsão para esta missão é setembro de 2026, no mínimo.

Avanço da China na corrida espacial

O programa espacial da China tem apresentado progressos rápidos e consistentes. Desde o lançamento de seu primeiro astronauta ao espaço em 2003, o país tem se destacado com diversas conquistas, como a construção da estação espacial Tiangong e missões lunares bem-sucedidas com o programa Chang’e. Recentemente, a China anunciou seu objetivo de enviar astronautas à Lua até 2030, deixando claro que está comprometida em consolidar sua posição como líder espacial.

Em um dos pontos mais disputados da exploração lunar, o desenvolvimento de trajes espaciais, a China conseguiu avanços significativos ao apresentar um modelo funcional em setembro de 2023. Em comparação, a NASA ainda enfrenta desafios no design de seus trajes, com a empresa Axiom Space, contratada para a produção, trabalhando em ajustes. Além disso, o cronograma do módulo de pouso lunar americano, que será lançado pela Starship da SpaceX, também sofre com atrasos, o que coloca ainda mais obstáculos para o programa Artemis.

A Exploração do Polo Sul Lunar

A corrida espacial atual tem um foco estratégico no polo sul da Lua, uma região rica em gelo de água que está sendo considerada como fonte potencial para a produção de combustível e para apoiar a vida em missões futuras. Isso poderia transformar a exploração lunar em uma atividade mais sustentável, com grandes implicações para a colonização do espaço. Tanto os Estados Unidos quanto a China têm planos para explorar essa área de forma extensiva, tornando o polo sul lunar o centro de suas disputas científicas e econômicas.

Futuro da corrida espacial

Embora a competição para alcançar a Lua seja intensa, o professor Jacco van Loon, da Universidade Keele, argumenta que o verdadeiro objetivo não deve ser quem chega primeiro, mas sim o sucesso das missões. Ele destaca que os governos devem liderar pelo exemplo, com foco em paz, inclusão e sustentabilidade, princípios que devem guiar a nova era da exploração espacial.

A chegada de Donald Trump à presidência dos EUA poderia, teoricamente, acelerar o desenvolvimento do programa Artemis, aumentando a pressão sobre a China e intensificando ainda mais a competição entre as duas potências.

À medida que a corrida à Lua avança, fica claro que a China está bem posicionada para se destacar como uma protagonista global na exploração espacial, e os Estados Unidos terão que se adaptar e superar seus desafios para manter a liderança.

Fonte: Redação

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